Brasil Sul-Americano de basquete feminino Seleção brasileiraJogadoras e comissão técnica da Seleção Feminina de basquete (Foto: Gabriel Gentile)
A Seleção feminina de basquete do Brasil está encerrando sua preparação para o Campeonato Sul-Americano. A equipe embarca no sábado (30) para a Argentina, onde vai tentar mais um título na competição, que é a primeira no caminho da qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
O time passou por um período de treinos na cidade de Salto-SP antes da disputa do Sul-Americano. O técnico Zé Neto aproveitou para reforçar o trabalho com a seleção que começou em 2019. ” Agora é praticar bastante para que façamos nossas jogadas cada vez melhor. Esta semana a gente conseguiu colocar mais intensidade nos treinos e se preparar para iniciar bem o Sul-Americano e brigar pelo título da competição”, afirmou o treinador.
Talento em construção
Um dos destaques do grupo que vai representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano é a pivô Kamilla Cardoso. A atleta de 2,01m de altura joga na equipe do South Carolina Gamecocks e, neste ano, se tornou a primeira brasileira campeã da NCAA, a forte liga universitária dos Estados Unidos.
“Jogar nos EUA tem ajudado bastante no meu desempenho como atleta porque lá tem meninas mais próximas do meu tamanho e elas tem força para conseguir me marcar e quando eu jogava no Brasil não tinha muitas meninas que eram do meu tamanho”, afirma Kamilla, que já tem brilhado na seleção adulta. Em fevereiro, ela foi eleita a melhor jogadora da sua posição no Pré-Mundial da Sérvia.
O foco de Kamilla agora é ajudar o Brasil a se classificar para Paris-2024. “A Olimpíada é um sonho de qualquer garota que joga basquete no Brasil. A gente vai lá pra esse sul-americano agora, jogando para ser campeãs e seguir em busca de uma vaga para 2024”, disse a pivô da seleção.
Reforço do 3?-3
Quem também está de olho nos Jogos Olímpicos Paris-2024 é a ala-pivô Vanessa Gonçalves, a Sassá. A atleta fez uma boa temporada na LBF pelo Santo André e também atua na seleção brasileira de basquete 3?-3. No último mês, Sassá participou do Mundial, na Bélgica, e ajudou o Brasil a ter sua melhor campanha na história da competição, com a equipe terminando em 11º lugar.
Sassá em ação na Copa do Mundo de basquete 3?-3 (Foto: FIBA)
“É tudo basquete, mas parece que são esportes totalmente diferentes. Mas o 3X3 tem agregado muito pra mim tanto na LBF quanto agora que na seleção 5?-5. É um jogo mais dinâmico, a gente não tem muito tempo, então a gente teoricamente tem que pensar muito mais rápido em todas as ações”, afirmou a jogadora.
Sassá voltou às quadras em 2021, após virar mãe. A atleta está em um período de evolução e sonha alto. “Eu penso muito alto. Eu quero ser muito mais do que eu sou agora e eu penso em Paris-2024. Estou trabalhando para isso e quero continuar evoluindo”. Ela também comentou sobre a possibilidade de representar o Time Brasil tanto no basquete 3?-3, como no 5?-5 em Paris. “Para mim dá. Depende deles [comissão técinica], só não pede para eu escolher. Mas se der para jogar os dois, eu jogo. Tudo sob controle “, brincou a atleta.
Programação
O Brasil está no Grupo B do Sul-Americano com Colômbia, Chile e Uruguai. A estreia é na segunda-feira (1), às 18h30 horário de Brasília, contra as colombianas. As duas primeiras equipes de cada grupo avançam para as semifinais e garantem uma vaga na AmeriCup Feminina de 2023. Já a AmeriCup vai definir quais equipes das Américas disputam o Pré-Olímpico de Paris-2024.